- Caia Amoroso
Por Caia Amoroso, João Marinho, Tamara Castro e Isabella Viana
Ao chegar aos 32 anos de vida, o CENPEC está com um novo site de internet, mais dinâmico e interativo. Formatado agora como um amplo portal de conteúdos, ele disponibiliza ao público os projetos, pesquisas e tecnologias educacionais desenvolvidos pela organização e dá vida nova ao seu acervo histórico de materiais pedagógicos, referência para educadores.
O projeto está em desenvolvimento há seis meses e envolve uma equipe formada por técnicos em educação, jornalistas, comunicadores digitais e webdesigners, com apoio da empresa de tecnologia Codebit, responsável pela infraestrutura da plataforma e as suas funcionalidades.
Segundo Gabriel Priolli, diretor de Difusão e Mídias, o site institucional do CENPEC foi expandido a partir de uma rigorosa curadoria do patrimônio educativo da organização, que teve dois eixos de orientação: organizar os conhecimentos adquiridos em anos mais recentes, e reciclar o vasto acervo de materiais acumulados em três décadas de atividades. O objetivo é facilitar a navegação dos milhares de usuários que visitam regularmente o site, atraídos por ele mesmo ou pelas redes sociais do CENPEC.
“O nosso público só ganha com o novo portal”, diz Priolli. “As formas de acesso aos conteúdos que ele conhece foram mantidas e ele ganha agora o acesso também por temáticas, mais ajustado aos seus interesses específicos. O trabalho do CENPEC nas suas diversas áreas está apresentado com mais clareza e mais informações, para que o usuário conheça melhor o que fazemos”.
Uma novidade do portal é uma área exclusiva para notícias, que informa tanto sobre as atividades do próprio CENPEC e a repercussão delas na mídia, como sobre o movimento geral na área de educação. Os cursos, as oficinas, as pesquisas, os projetos e o acervo, todos estão agrupados em áreas bem definidas, com acesso fácil.
As páginas institucionais, voltadas a parceiros externos, têm uma concepção inteiramente nova. E o portal tem ainda uma aba dedicada à transmissão on-line, ao vivo, de eventos produzidos pela casa ou outras instituições.
Botões temáticos
Mas o acesso por áreas temáticas é a espinha dorsal do novo portal e estrutura o seu desenho. São dez as temáticas selecionadas, que conduzem facilmente o internauta às diversas produções do CENPEC, nos variados suportes: artigos, relatórios, publicações, livros, plataformas instrucionais, vídeos, jogos etc.
A categoria Leitura e Escrita, por exemplo, concentra tudo sobre alfabetização e letramento. Em Formação Continuada estão os diversos materiais de qualificação e valorização profissional do professor. Em Juventudes ficam os temas como arte-educação, protagonismo juvenil, mobilidade, identidade e consumo, relacionados a adolescentes e jovens.
Na categoria Educação Integral, o usuário encontra as metodologias desenvolvidas pelo CENPEC para a educação na escola e no território onde está instalada, envolvendo professores, alunos e comunidade. Em Currículo e Didática, os planejadores conhecem os sistemas de gestão da aprendizagem e de organização dos conteúdos escolares, de acordo com a Base Nacional Comum Curricular.
Os cursos on-line do CENPEC, sempre prestigiados e muito procurados pelos profissionais da educação, estarão disponíveis plenamente no portal a partir do segundo semestre de 2019. Já na estreia, entretanto, o público tem acesso a duas modalidades: “Avaliação textual, análises e propostas” e “Aprender por Projetos”. O acesso ao Portal CENPEC e a seus materiais é inteiramente gratuito. Na fase de lançamento, os downloads são livres, mas em breve ficarão restritos aos usuários que se cadastrarem, sem custo nenhum. O cadastro permitirá uma comunicação mais direta, por email e outras mídias, com quem acompanha as atividades da organização. E o usuário terá a vantagem de um ambiente personalizado no portal, onde poderá organizar melhor e acessar mais rapidamente os seus conteúdos favoritos.
CONHEÇA OS NOSSOS PROJETOS
Currículo, gestão educacional, valorização de professores. Evasão escolar e distorção idade-série. Alfabetização e letramento. Pesquisa e avaliação. Tecnologias digitais de informação e comunicação (TDICs), parcerias, educação integral, inovação, juventudes.
Com 15 projetos ativos no momento, o CENPEC aborda uma série de temas fundamentais para a educação no século XXI, com abordagens voltadas aos mais diferentes públicos: de gestores públicos a diretores, de técnicos a arte-educadores, de professores a estudantes, de organizações da sociedade civil a escolas públicas.
Juntos, os projetos alcançam os 26 estados da federação, o Distrito Federal e quase 90% dos municípios – e estão todos representados no novo Portal. “Com 32 anos de atuação, o CENPEC é hoje uma instituição reconhecida pela capacidade técnica de desenvolver soluções, metodologias e tecnologias para resolver problemas educacionais”, diz a diretora de tecnologias educacionais, Maria Amabile Mansutti.
Tecnologias educacionais
A organização se destaca por levar em conta as necessidades educacionais dos diferentes territórios, pontua o gerente de tecnologias educacionais em ação, Wagner Santos: “O CENPEC está presente nos territórios, ouvindo suas demandas”.
Um dos exemplos dessa escuta é a Consultoria de Formação de Gestores Públicos Educacionais para o CIEB. “Nas jornadas formativas para os projetos que desenvolvemos, os territórios identificaram seus maiores desafios: alfabetização, letramento e evasão escolar”, conta Adriana Silvia Vieira, coordenadora de tecnologias digitais. “Por isso, atuamos para que a formação integre tecnologias que atendam a essas demandas, em diálogo com os currículos”.
Os projetos do CENPEC respondem a demandas específicas, relevantes, diagnosticadas em profundidade. “Isso pressupõe investir no conhecimento do problema, realizar ações preparatórias e, por meio de uma fundamentação teórica consistente, apresentar metodologias, técnicas e processos com a preocupação de que sejam passíveis de replicação”, explica Wagner Santos. “É o que caracteriza nossas intervenções como tecnologias educacionais”.
Tecnologia educacional é todo projeto, programa e assessoria baseada em fundamentos teóricos, que apresenta metodologias, técnicas e processos para solucionar um problema educacional relevante, diagnosticado em profundidade.”
Wagner Santos
Trabalho com jovens: combate às desigualdades
Atualmente, um dos focos do trabalho no CENPEC são as juventudes. “Temos investido muito na pesquisa e produção de conhecimento nessa área, em várias intervenções”, diz o gerente de tecnologias educacionais em ação. “Um exemplo é nossa abordagem da correção de fluxo escolar, que procura resolver a distorção idade-série, um problema que atinge adolescentes e jovens. Nossa intervenção é mais organizada e enriquecida, agregando valores como cultura juvenil, questões étnico-raciais, gênero e diferenças territoriais”.
Os jovens que cumprem medidas socioeducativas, com privação de liberdade, recebem especial atenção do CENPEC. A proposta é prover a eles o acesso a atividades culturais, com o objetivo de ampliar o seu repertório, melhorar o aproveitamento escolar e contribuir para a sua reinserção. “Também procuramos envolver a sociedade nessa questão, trabalhando para mostrar a ela a produção desses jovens”, comenta Maria Amabile Mansutti.
Outro projeto importante em juventudes é o que trabalha com análise e avaliação de cursos profissionalizantes. A instituição que oferece os cursos tem recebido refugiados venezuelanos – jovens, na sua maioria. “Essa experiência agrega novos elementos ao conhecimento que o CENPEC já tem em educação”, diz Wagner Santos.
Essas e outras intervenções se inserem em um dos posicionamentos mais importantes do CENPEC: o de enfrentar as desigualdades sociais por meio da implementação de políticas voltadas para a infância, adolescência e juventude.
Avaliação, redes e ganho de escala
Análise e avaliação, por sinal, são dois eixos que orientam cada vez mais os projetos do CENPEC. Além de examinar as práticas, políticas, técnicas e serviços oferecidos por outras instituições, os próprios projetos da casa desenvolvem processos avaliativos, para chegar a um modelo com indicadores de impacto, abrangência, alcance e produção de conhecimento.
“Como nos propomos a dar respostas a problemas que a sociedade apresenta, é importante construir esse percurso técnico, particularmente no campo da educação, em que políticas e intervenções requerem evidências”, diz Santos.
Intervenções baseadas em evidências são também relevantes por outra razão: o ganho de escala. É o que permite que os projetos se tornem políticas de educação. Por isso, o CENPEC também atua para capacitar os gestores públicos, executores dessas políticas. “A gestão competente é essencial para que a educação ganhe escala e escopo”, diz o gerente de tecnologias educacionais em ação.
Nesse sentido, a diretora Maria Amabile Mansutti destaca duas estratégias: uma que compõe um modelo escalável de aceleração de aprendizagem, para enfrentar a distorção idade-série com um custo adequado à gestão; e uma nova estratégia de formação de professores, que permite a disseminação dos conteúdos por toda uma rede escolar.
“Sempre trabalhamos com uma proposta de formação mais individualizada, via cursos presenciais e on-line. No entanto, estamos desenvolvendo agora uma estratégia inovadora, que torna possível formar, por exemplo, todos os alfabetizadores de uma rede”, explica a diretora.
A estratégia, nesse caso, é composta de duas ações: “De um lado, provemos formação on-line, via cursos; e, de outro, abordamos o trabalho presencial diretamente na escola, via coordenador pedagógico e diretor, de forma cruzada. Já temos indicadores de eficiência dessa estratégia, que poderá ser disseminada para os demais projetos”.
O CENPEC tem projetos em nível nacional e estadual, mas também municipais. Temos trabalhado, por exemplo, com vários municípios na gestão da aprendizagem.”
Maria Amabile Mansutti
O conceito de trabalho em rede também é um modelo para o CENPEC, que se destaca sobretudo nos prêmios educacionais assessorados pela organização. “Nos cinco prêmios com os quais trabalhamos, observamos que o aspecto de mobilização é muito importante e temos investido nesse aspecto mobilizador”, explica Mansutti. “Os prêmios realmente constroem redes de porte nacional, de avaliadores, educadores e outros atores, que trabalham pelas causas trazidas por eles”.
No novo Portal CENPEC, os projetos não estão apenas em suas páginas individuais, descritivas, mas também aparecem nas áreas de Cursos, Acervo, Pesquisa e Oficinas – além das 10 áreas temáticas. Navegue e confira o grande volume de conteúdo que é gerado pela ação do CENPEC.
Quer conhecer todos os projetos do CENPEC, ativos ou já realizados?
Acesse as páginas!
TUDO SOBRE A BNCC
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), referência legal obrigatória para a elaboração de currículos e atividades pedagógicas na educação básica, é um tema importante no Portal CENPEC. O usuário vai encontrar entrevistas, reportagens e comentários sobre o novo instrumento orientador dos processos de ensino-aprendizagem.
Os materiais do portal dão suporte aos professores, na escolha dos conteúdos e estratégias para as atividades em sala de aula, e também a diretores, coordenadores pedagógicos e gestores da educação, subsidiando a elaboração das matrizes curriculares e dos currículos escolares.
Um roteiro para implementar a BNCC
O especial “Como articular a BNCC ao currículo e à educação integral?”, elaborado pela equipe da plataforma Educação&Participação, esclarece os dez pontos principais da proposta da BNCC. Responde dúvidas dos professores e mapeia qual será o papel das escolas, do poder público e dos professores para a implementação da educação integral.
Currículo para a cidadania
Com enfoque no desenvolvimento pleno e na formação cidadã dos estudantes, o especial “Base Nacional: os desafios de um currículo para a cidadania” discute a importância do diálogo entre a BNCC e os fundamentos da educação integral.
A reportagem traz depoimentos de especialistas, como Ocimar Munhoz Alavarse (USP), Julia Dietrich (gestora de comunicação do Centro de Referências em Educação Integral), Macaé Evaristo (ex-secretária de Educação do Estado de Minas Gerais) e Maria José Reginato (colaboradora do CENPEC).
Para a construção de currículos alinhados à concepção de educação integral, os especialistas apontam questões importantes, como a organização de tempo para as atividades; espaços e situações que estimulem o debate e a participação dos jovens; a ampliação das oportunidades educativas para além do ambiente escolar; a relação como o território e a comunidade; os conteúdos, valores e habilidades a serem trabalhados nas situações educativas; além do papel da educação na construção de uma sociedade democrática.
Língua portuguesa na BNCC
A especialista em alfabetização e letramento do CENPEC, Maria Alice Junqueira, comenta os pontos fundamentais da BNCC para o componente língua portuguesa.
No vídeo realizado em fevereiro de 2018, em parceria com o Movimento pela Base Nacional Comum, Maria Alice ressalta que a BNCC dialoga com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), documento bastante conhecido dos professores e gestores das redes de educação.
As crianças que hoje estão no 1º ano do Ensino Fundamental entrarão no mercado de trabalho mais ou menos em 2030 ou 2035, dependendo do seu percurso escolar”, observa a educadora. “Precisamos garantir que desenvolvam habilidades para atuar num mundo que certamente será muito diferente do de hoje. O vídeo aborda as mudanças propostas na BNCC para Língua Portuguesa que vão nessa direção, e que serão levadas às salas de aula a partir de 2020″.
Desafios da alfabetização na infância
O novo portal do CENPEC também disponibiliza uma entrevista com Zilma de Moraes Ramos de Oliveira, que foi consultora do Ministério da Educação na formulação da BNCC e é especialista em educação infantil.
Sobre esse tema, a professora diz que a BNCC deve orientar os projetos e a prática pedagógica cotidiana nas creches e nos centros educativos. Ela aborda as propostas para a educação infantil e seus desafios, principalmente em relação às equipes escolares.
“O maior desafio é construir com as equipes escolares uma visão de planejamento pedagógico que considere principalmente o modo de a criança ser, aprender e desenvolver-se”, explica Zilma de Moraes.
SAIBA MAIS
O portal do CENPEC também publica textos jornalísticos sobre a BNCC, alguns deles com participação dos especialistas da casa. Confira.
- Campanha #Nem1PraTrás disponibiliza materiais de apoio baseado na BNCC
- Movimento pela Base lança três infográficos para elucidar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no Novo Ensino Médio
- Mônica Gardelli Franco comenta exonerações do MEC e importância da BNCC ser implementada
BNCC E FORMAÇÃO CONTINUADA
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), homologada em 2017, estabelece parâmetros sobre conteúdos, habilidades e competências que todo(a) estudante da educação básica tem o direito de desenvolver ao longo de sua escolarização.
Em 2018, estados e municípios elaboraram e revisaram seus currículos para se ajustarem aos referenciais da BNCC. De 2019 até 2020, é o momento de as escolas, orientadas pelas secretarias de educação, revisarem seus projetos político-pedagógicos. Por sua vez, as secretarias devem organizar e oferecer programas de formação continuada para os educadores desenvolverem suas práticas pedagógicas de forma coerente com as orientações da Base.
Em entrevista ao Conviva Educação, a diretora-executiva do CENPEC, Mônica Gardelli Franco, destaca a importância da formação continuada para que os novos currículos e projetos políticos-pedagógicos ganhem vida em sala de aula: “Vai dar segurança para esse professor saber que o que ele está trabalhando com o aluno é o adequado, esperado para aquela idade. Por outro lado, ajuda o professor a refletir sobre como pedagogicamente levar o aluno a desenvolver as habilidades e adquirir os conhecimentos que são previstos”.
Marli Regina Fernandes, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) na região Sul, destaca os desafios para os professores:
“É urgente desenvolver todo o referencial, num trabalho macro, para que os professores possam compreender detalhes desse referencial e ter oportunidades de formações para o desenvolvimento desse currículo em sala de aula”.
A seguir, ouça o “Boletim de rádio” do Conviva Educação, com uma análise do tema e as entrevistas das educadoras.
A plataforma Conviva Educação, sistema de gestão gratuito oferecido pela Undime e instituições parceiras, oferece materiais de apoio para as secretarias municipais de Educação darem continuidade às formações docentes.
Confira a reportagem e conheça a plataforma
PRODUÇÕES COLABORATIVAS MULTIMÍDIA
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que-fazeres se encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque indaguei, porque indago e me indago.”
Paulo Freire
O mestre Paulo Freire mostrou o caminho e o CENPEC pratica a lição. O novo Portal da organização reúne um amplo conjunto de materiais formativos, em linguagem multimídia, que resultaram de indagações pedagógicas e foram desenvolvidos com a colaboração de internautas de várias regiões do país.
O site traz também o conhecimento de destacados especialistas, nas diversas modalidades da educação brasileira, além de oficinas e jogos educativos.
Os produtos colaborativos foram publicados originalmente na Plataforma do Letramento e em outros sites instrucionais, para enriquecer a produção de aulas e também para orientar gestores educacionais sobre as possibilidades de projetos colaborativos, mobilizando o conhecimento gerado na escola e fora dela.
O material aborda especialmente temas relacionados às práticas sociais de leitura, escrita e oralidade. Seu objetivo foi aproximar professores e escolas da língua viva, em uso pelos diferentes falantes no País.
A colaboração dos internautas aconteceu desde a concepção das produções, com base em campanhas nas redes sociais, que solicitaram o envio de perguntas, sugestões e conteúdos para a elaboração das matérias.
Especiais educativos
Os materiais mais destacados do CENPEC, voltados à formação continuada dos educadores, são editados na forma de “especiais”. Na curadoria do acervo, foram os primeiros a migrar para o novo portal.
O Mapa da literatura brasileira traz obras e autores representativos da literatura, indicados por internautas de norte a sul do País. Entre as revelações do mapa dos leitores, estão os livros do coletivo Máfia do Verso, produção de poesia em Roraima; a obra Batuque, do paraense Bruno de Menezes; e Sob a sombra da Tabacaria, do catarinense Viegas Fernandes da Costa.
Literatura na escola traz sugestões de práticas em sala de aula, envolvendo a leitura literária nos diversos campos do conhecimento. Além das propostas desenvolvidas por especialistas, o material traz projetos de leitura desenvolvidos por educadores de várias regiões do país.
Outra produção colaborativa disponível no Portal CENPEC é o especial Oralidades, com vídeos enviados por pessoas do Brasil e de outros países da língua portuguesa.
Esse especial apresenta um vasto cenário linguístico, com riqueza de sotaques, vocabulário, sintaxe e práticas socioculturais. É um material útil para educadores e estudantes aprofundarem seus conhecimentos sobre as relações entre fala e escrita, e combaterem o preconceito linguístico.
Ortografia reflexiva: caminhos entre letras e sons, material elaborado com a assessoria da especialista Maria José Nóbrega, é um trabalho primoroso sobre como trabalhar a ortografia em sala de aula.
Já a reportagem Multilinguismo resultou de trabalho colaborativo com as iniciativas de ensino da língua portuguesa para estrangeiros ou descendentes, nas várias regiões do Brasil.
Especialistas destacados
Muitos materiais publicados no Portal CENPEC apresentam as vozes de grandes nomes da educação e ilustram o diálogo entre teoria e prática, reflexão e inovação sobre os tempos e espaços.
Formação de professores e educação integral, por exemplo, traz uma entrevista em vídeo com o pensador português António Nóvoa, onde ele discute o papel do educador na contemporaneidade e defende a troca de experiências entre professores de diferentes áreas, da educação infantil até o ensino superior.
Em Experiência e formação continuada, o sociólogo e educador Miguel Arroyo reflete sobre a função da educação, em termos históricos e filosóficos.
Em Como mediar a aprendizagem da língua escrita?, Magda Soares, um dos nomes mais importantes quando se fala em alfabetização e letramento, conversa com o pesquisador Antônio Gomes Batista sobre estratégias para os(as) professores(as) desenvolverem suas práticas em sala de aula.
Além da presença inspiradora de Magda Soares, o usuário do portal encontra uma entrevista em áudio com Roxane Rojo, da Unicamp. Em Alfabetização e multiletramentos, a linguista define conceitos como alfabetização, letramento, multiletramentos e reflete sobre o papel da escola e professores no contexto das novas tecnologias.
Já no campo da educação matemática, a especialista Silvia Longato discute as possíveis contribuições das estratégias de ensino de língua portuguesa para o letramento matemático. A cultura digital também é tematizada no Portal CENPEC, tanto em reflexões teóricas como em propostas práticas e objetos de aprendizagem. Um exemplo é o artigo Afinal, o que é letramento digital, do professor da ECA/USP Richard Romancini.
Oficinas e jogos
Aplicações práticas de conceitos, nas mais variadas oficinas e em jogos educativos, fazem parte do novo Portal CENPEC.
A oficina Lendo, interpretando e resolvendo problemas, por exemplo, apresenta propostas de como relacionar leitura, oralidade e escrita a conteúdos matemáticos. Lendo infográficos relaciona conteúdos do ensino de Ciências à leitura e escrita em textos multimodais.
Já o jogo Refresca Cuca é um recurso divertido para os/as professores/as explorarem com as crianças que estão aprendendo as quatro operações.
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