Diversas iniciativas estão surgindo, no mundo educacional e fora dele, para explicar a obra do pedagogo Paulo Freire e defender o seu legado. O patrono da educação brasileira, que é também um dos três autores mais citados em trabalhos acadêmicos da área em todo o mundo, tem sido atacado pelo extremismo político conservador no País – mas a reação à avalanche de desinformação e preconceito se fortalece a cada dia.
Na próxima segunda-feira, 27, começa na PUC-SP o V Salão do Livro Político, que homenageia Paulo Freire nesta edição. O pensamento do grande mestre e referência dos professores brasileiros será discutido em diversas mesas, particularmente na que se organiza em torno do tema “Educação ou barbárie: a volta à Idade Média?”.
A programação inclui um curso sobre a relevância e atualidade de Paulo Freire, com a professora-doutora Sonia Couto Souza Feitosa, e a aula-teatro Maria, igualmente com temática freiriana, ministrada pela também professora-doutora Ana Maria Saul.
Nesta quarta, 22, um acontecimento significativo em torno de Paulo Freire foi a entrevista do comediante Danilo Gentili ao programa Provocações, da TV Cultura.
O apresentador Marcelo Tas questionou com boa argumentação as constantes referências desabonadoras de Gentili a Freire e obteve como resposta o que se suspeitava: o humorista desconhece a obra do educador.
Embora dissesse que as frases de Freire parecem “coisa de estelionatário”, Gentili não foi capaz de citar nenhuma delas e admitiu que critica o professor por razões meramente políticas. “Não gosto das pessoas que defendem o Paulo Freire”, confessou.
Veja o diálogo de Marcelo Tas com Danilo Gentili, que ilustra perfeitamente o preconceito de uma parte da sociedade contra um educador odiado sem ser conhecido.
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