Guia traz passo a passo para a conectividade nas escolas públicas
Diagnosticar, planejar, contratar e monitorar são as quatro etapas do processo para levar conectividade às instituições de ensino e redes
Por Stephanie Kim Abe
O debate sobre o uso da tecnologia na educação e a importância da conexão de escolas, estudantes e professores(as) está longe de se esgotar. Pelo contrário. Estamos apenas começando a discutir esses assuntos com a profundidade e a seriedade que merecem, deixando de lado questões como se é ou não necessária a conexão e focando na qualidade e na finalidade dessas ferramentas digitais na educação.
Nesses quesitos, são muitas as perguntas que gestores e gestoras educacionais se fazem ao pensar em como levar a conectividade para as escolas da sua rede de ensino:
Como mapear quais unidades estão conectadas ou não?
Como fazer o planejamento?
Como identificar e contratar quem pode oferecer esse serviço para toda a rede?
Que tipo de conexão está disponível no meu território?
Qual a velocidade de internet necessária para cada escola?
Quanto é preciso investir e de onde conseguir os recursos necessários?
Como monitorar e garantir que a comunidade escolar está usando essa tecnologia de forma segura e responsável?
Como explicou Marise De Luca, líder do Grupo Mulheres do Brasil, durante o evento on-line de lançamento:
Esse guia está estruturado na forma de manual. Ele é um manual com orientações para auxiliar gestores e gestoras públicas e tomadores de decisão para viabilizar a conectividade adequada para todas as escolas públicas brasileiras. E aqui estamos falando de conectividade como recurso de apoio pedagógico, para garantir experiências educativas inovadoras e também permitir e apoiar o ensino híbrido que é tão fundamental nesse nosso momento.”
O Guia está dividido em quatro passos: diagnosticar, planejar, contratar e monitorar. Em primeiro lugar, é preciso compreender qual a situação da rede de ensino:
quantas escolas possuem conexão;
qual a qualidade dessa conexão;
quais os recursos e tecnologias existentes e disponíveis;
qual o uso feito das ferramentas digitais para o aprendizado.
Uma das ferramentas disponíveis para esse diagnóstico é o Mapa da Conectividade na Educação, também do GICE, que reúne bases de dados de diversos órgãos e entidades, públicas e privadas sobre a conexão nas escolas públicas brasileiras. Lançado em março, a ferramenta também permite que sejam extraídos relatórios de cada rede de ensino (municipal ou estadual) com os seus principais indicadores.
Uma vez a par desse diagnóstico, é preciso planejar como conectar essas escolas com base no seu contexto. Isso significa, por exemplo, que nem todas as escolas precisam da mesma velocidade de internet ou do mesmo tipo de conexão. É preciso entender:
em quais ambientes a internet será disponibilizada;
de que forma (sem fio ou com fio);
para uso de quais equipamentos;
com qual qualidade;
para quantos(as) alunos(as) etc.
Como disse Marise durante o lançamento do Guia:
Às vezes eu brinco que é mais fácil ou barato quebrar uma parede da escola do que contratar uma porção de equipamentos de conectividade pra fazer o sinal de wi-fi chegar do outro lado. Por isso é preciso um projeto.”
Marise De Luca
Nesse passo, há explicações sobre os diferentes tipos de conexão, os parâmetros de velocidade e qualidade de conexão e até uma fórmula que permite calcular o quanto de conectividade uma escola necessita.
O terceiro passo traz informações para embasar as decisões de gestores(as) sobre:
quais serviços contratar;
quais as formas de contratação disponíveis;
se vale mais a pena envolver um único fornecedor ou vários etc.
Também são elencadas diferentes políticas públicas federais de financiamento, que podem oferecer recursos para as redes estaduais e municipais realizarem a implantação da conectividade nas escolas.
Por fim, o quarto passo se preocupa em pontuar aspectos importantes a serem pensados com relação ao monitoramento da conectividade das escolas, que vão desde o desempenho dos fornecedores envolvidos até a filtragem de conteúdo e o uso e a proteção dos dados dos(as) estudantes.
Conectividade para garantir equidade
O Guia tem como base o conceito de “Escola Conectada” elaborado CIEB, que olha para quatro dimensões que envolvem o uso da tecnologia na educação de forma pedagógica, intencional e justa: visão, competências, recursos educacionais digitais e infraestrutura.
É por isso que garantir a conectividade é apenas o primeiro passo para de fato transformar as escolas pelo uso das tecnologias e para garantir equidade no acesso à conectividade. De acordo com dados apresentados por Sonia Jorge, diretora executiva da Aliança Para a Internet Acessível (A4AI, na sigla em inglês), durante o evento de lançamento, todos os municípios do Brasil têm cobertura 3G ou 4G. Porém, apenas 29% da população acima de 16 anos tem acesso à conectividade de forma integral e plena. Além disso, no Brasil, o acesso exclusivo à internet através do celular é uma realidade para 90% das pessoas das classes C, D e E, sendo a proporção maior nas regiões norte e nordeste.
Sonia ainda trouxe dados da desigualdade de acesso sob a perspectiva de gênero:
Uma grande porcentagem da população desconectada são mulheres e meninas. Isso não só em relação ao acesso, mas ao uso também, no Brasil e em outros países da América Latina. As razões são várias: não só por problemas estruturais, econômicos, sociais e culturais – inclusive o rendimento ser muito mais baixo para mulheres do que pra homens – como também a nível da capacidade e de nível de educação.”
Sonia Jorge
Ela ainda reforçou a importância de políticas públicas que resultem em conectividade acessível à toda a população, como o fortalecimento do conselho gestor da nova Lei do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust – Lei no 14.109/2020) e da delimitação clara de pontos do edital de 5G, para garantir que os recursos provenientes dessa nova infraestrutura sejam destinados ao setor de educação. “Se não o fizermos, estamos simplesmente a dizer que o setor da educação não é chave para o país. E ninguém pode aceitar esse tipo de argumento”, disse Sonia.
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