O reconhecimento distorcido de Paulo Freire

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O reconhecimento distorcido de Paulo Freire

Em entrevista na Rádio Trianon, Alexandre Isaac reforça a importância da prática freireana e o porquê de sua deslegitimação constante

Em entrevista ao Observatório do Terceiro Setor, Alexandre Isaac, assessor de relações institucionais do CENPEC Educação, comenta sobre formação cidadã e os constantes ataques ao educador Paulo Freire.

O programa foi transmitido na terça-feira, 21, pela Rádio Trianon AM 740 e também contou com a participação de Cibele Racy, diretora da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) Nelson Mandela, na zona norte de São Paulo. Ouça o áudio.

Cortes ideológicos

Em defesa de Paulo Freire, patrono da educação brasileira, Isaac ressalta que o foco dos ataques é a concepção freiriana da escola como um espaço de reflexão. Para ele, quem desqualifica o autor reconhece o caráter transformador de sua teoria e prática e, por isso, tenta boicotá-la. Confira o áudio.

Para o assessor de relações institucionais, os cortes de verbas anunciados pelo ministro da Educação têm um viés ideológico. Ele relembra que a formação cidadã está determinada na Constituição brasileira, ou seja, a educação não deve focar somente o mundo do trabalho.

Pensador reconhecido no mundo inteiro, Freire é lembrado em meio à disputa entre a concepção de uma escola mais técnica e uma formadora de cidadãos.

Eles [o governo] tentam implementar um tipo de escola que é atrasado e já foi vencido historicamente.”

Alexandre Isaac

Outra concepção equivocada, segundo Isaac, é a ideia de que as pesquisas nas áreas de humanas não têm um retorno para a sociedade, principalmente sob o ponto de vista financeiro. Essa concepção utilitarista desconsidera a educação como “forma de compreensão do mundo”, afirma ele. O assessor ainda comentou sobre os trabalhos do CENPEC Educação junto às escolas em todo Brasil.

Confira a reportagem no Observatório do Terceiro Setor

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