No último dia 10/04/2019, a administração Jair Bolsonaro atingiu a marca dos 100 dias de governo, o que motivou análises e publicação de uma série de materiais quanto às suas principais políticas públicas.
Na área da educação, não foi diferente. Depois de um primeiro trimestre tumultuado em 2019, com pouca clareza na gestão Vélez Rodríguez sobre o direcionamento do Ministério da Educação em relação às pautas mais urgentes da área, assumiu o economista Abraham Weintraub.
Principais polêmicas
Logo no início, o novo ministro polemizou ao anunciar o contingenciamento de verbas que atingiu da educação básica às universidades federais e deflagrou as primeiras manifestações em massa contra o governo, que se espalharam por mais de 200 cidades em todas as unidades de federação.
Além dos bloqueios orçamentários, no entanto, outras pautas permanecem urgentes – e sem sinalização suficiente de como serão abordadas. Nesse sentido, a publicação Educação em disputa: 100 dias de Bolsonaro traz um excelente resumo sobre as disputas técnicas e ideológicas que têm travado as ações do Ministério.
Organizado pela Ação Educativa, De Olho nos Planos e pela Carta Educação, o documento de 38 páginas traz reportagens de Ana Luiza Basilio e Júlia Daher e textos e intervenções de especialistas em educação, como Denise Carreira, Roberto Catelli, Daniel Cara, Ednéia Gonçalves; e de professores, como Juliana Oliveira (rede municipal de São Paulo) e Salomão Ximenes (Universidade Federal do ABC – UFABC).
Extinção de secretarias, disputas envolvendo políticas de alfabetização, cargos-chave compostos majoritariamente por economistas, financiamento, educação domiciliar e militarização da educação são alguns dos temas de destaque abordados no material.
Boa parte do conteúdo diz respeito às disputas, decisões e recuos ocorridos durante a gestão de Vélez Rodríguez, mas o conteúdo continua útil, na medida em que esses temas permanecem sem consenso.
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