Educação integral e inclusão pelo esporte

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Educação integral e inclusão pelo esporte

Entenda as potências do esporte educacional para o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes e veja dicas de como realizar práticas esportivas inclusivas e acessíveis

É consenso entre os trabalhos realizados por meio de políticas públicas, iniciativas privadas e Organizações da Sociedade Civil (OSCs) que o esporte é um dos aportes de maior potência quando se vislumbra o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes. São essas potencialidades que o Programa Itaú Social UNICEF explora em reportagem publicada recentemente no seu site. A matéria aborda a iniciativas de organizações participantes do Programa.

Fábio D’Angelo, coordenador pedagógico do Instituto Esporte e Educação (IEE), explica essa relação íntima entre esporte e educação integral:

Foto: reprodução

Nos diferentes espaços onde atua, o esporte é um caminho para a educação integral, pois ele é um mobilizador de aprendizagens em todas as dimensões. O esporte educacional leva crianças e jovens a se desenvolverem não só numa dimensão do fazer, mas também (e principalmente) do saber, do ser e do conviver. Então, se pensar a partir do jogo e da brincadeira, o esporte é um recurso pedagógico muito potente para fortalecer o desenvolvimento da educação integral nas dimensões física, emocional, cognitiva, social, moral e cultural.”

Fábio D’Angelo

O IEE amplia o acesso de cidadãs e cidadãos à prática da educação física e do esporte por meio de métodos educacionais e políticas públicas em diferentes territórios brasileiros. 

Felipe Pitaro, gerente de projetos da Fundação Gol de Letra, organização sem fins lucrativos que trabalha com cerca de mil crianças, adolescentes e jovens em contexto de proteção social em São Paulo e no Rio de Janeiro, explica que os esportes ganharam impulso desde a metade dos anos 1990, com projetos aparecendo com mais força. 

Para ele, o esporte é uma linguagem interessante que pode trazer educação integral e acessibilidade não só às escolas públicas, mas a diferentes contextos e áreas, pois é universal, integrador e capaz de mexer com emoções, trabalhar com planejamento e oferecer perspectiva de futuro para muitos jovens:

Foto: reprodução

O esporte se configurou como uma ferramenta democrática, completa, plural e passou a ser usado para várias perspectivas para além da atividade física e da ludicidade: saúde pública, assistência social, geração de emprego e renda, proteção e combate à violência, articulação local e democratização do acesso, pois as periferias não têm oferta de esportes diversificada.”

Felipe Pitaro

Para que o esporte seja, de fato, um meio para alcançar a inclusão, ele deve fazer parte de um projeto que seja de todos e todas, e que envolva vários níveis da sociedade. Caso contrário, o seu potencial de promover acessibilidade pode ser transfigurado para (mais um) ponto de exclusão. 

O esporte sozinho não consegue ser inclusivo, e jogar a responsabilidade só nas famílias, também não. Dentro das atividades, é importante uma adequação das modalidades e dos públicos, considerar os desafios de mobilidade e deslocamento, além de trabalhar pontos sensíveis como vergonha, constrangimento e falta de informação. Por isso, o esporte precisa de uma articulação intersetorial (liderado pelo poder público) e, principalmente, de investimentos. Então, é preciso olhar para o todo.”

Felipe Pitaro

A reportagem do Programa Itaú Social UNICEF ainda traz diversas dicas pontuais de cuidados para se realizar práticas inclusivas no esporte, como:

  • Oferecer possibilidades e estratégias para que todas e todos possam acessar as atividades, afinal, o esporte não pode se tornar mais uma barreira.
  • Considerar que o projeto educacional deve ser aceito por todas e todos, com ou sem deficiência.
  • É preciso garantir uma estrutura mínima, com materiais adequados e adaptação de espaços, para que docentes possam desenvolver seu trabalho.

Leia a matéria completa

Programa Itaú Social UNICEF

Parceria entre Itaú Social, Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Cenpec, o Programa Itaú Social UNICEF busca formar e fomentar OSCs que promovam a educação integral e inclusiva de crianças e adolescentes para o aprimoramento de suas práticas e o alcance de resultados de qualidade.
Saiba mais sobre a iniciativa.


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