Um mapa-múndi dos resultados educacionais

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Um mapa-múndi dos resultados educacionais

Plataforma digital permite comparar performance de países no PISA, com uso de diferentes filtros

O Mapa da Aprendizagem, plataforma digital de monitoramento da educação em todo o mundo, é uma ferramenta útil para comparar a performance dos diversos países na formação de seus estudantes.

Desenvolvido pelo Interdisciplinariedade e Evidências no Debate Educacional (IEDE), Fundação Lemmann e banco Itaú-BBA, o mapa reúne dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA).

Esse programa realiza um exame amostral com alunos de 15 anos, em cerca de 70 países, sob coordenação da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Teve início em 2000 e é realizado a cada três anos.

Aprendizagem e nível socioeconômico

A plataforma permite comparar as médias de aprendizagem dos estudantes no PISA por nível socioeconômico, sexo e carreira esperada (se há intenção de ser professor ou não). No caso do Brasil, há os dados por região e estado.

O Mapa da Aprendizagem traz tanto a média dos alunos nas cinco áreas avaliadas – ciências, leitura, matemática, resolução colaborativa de problemas e educação financeira – como também o percentual de alunos com aprendizado adequado, isto é, aqueles que chegaram ao menos no nível 3.

Ao permitir a comparação por nível socioeconômico e sexo, a intenção é discutir as desigualdades presentes na educação. No Brasil, por exemplo, apenas 17,2% dos estudantes têm aprendizado adequado em ciências – percentual que cai para 9,4% quando se olha especificamente para os alunos de baixo nível socioeconômico e sobe para 44,8% no caso daqueles de nível socioeconômico alto.

Atratividade da carreira docente

Já no filtro “carreira esperada”, os usuários conseguem visualizar as médias de quem espera ser professor e quem espera seguir outra carreira de nível superior. As informações são baseadas em uma pergunta do questionário do PISA sobre a profissão que o estudante espera ter aos 30 anos de idade.

Nesse caso, a ideia é fazer uma discussão qualificada sobre a atratividade da carreira docente no Brasil, já que, em todas as cinco áreas avaliadas, quem espera ser professor tem desempenho inferior àqueles que esperam seguir outras carreiras.

Isso em um cenário de muitos desafios, em que a média geral já é bastante baixa. Enquanto 14,5% dos estudantes que querem seguir outras carreiras têm desempenho adequado em matemática, entre quem espera ser professor, o percentual cai para 6,8%.

Nos países que se destacam por seus sistemas de ensino, a situação é diferente. No Japão, por exemplo, 85% dos alunos que esperam seguir a carreira docente têm desempenho adequado em matemática, contra 80,7% dos que esperam seguir outras profissões.

O Mapa da Aprendizagem traz também dados sobre o perfil dos alunos: se eles esperam obter notas altas em todas ou na maioria das disciplinas, se esperam concluir o ensino superior e se seus pais têm interesse por suas atividades escolares, entre outras questões.

Conheça o Mapa da Aprendizagem