Investidores
Fundação Itaú Social, Instituto Camargo Corrêa e Instituto Votorantin
Parceria
Secretaria Municipal de Educação de Paraty (RJ), Associação de Moradores da Ponta Negra, Associação de Moradores do Campinho, Associação de Moradores do Patrimônio, Associação de Moradores da Praia do Sono, Associação de Moradores de Trindade, Associação de Moradores da Vila Oratório e Associação Cairuçu.
Objetivo
Contribuir para o desenvolvimento local a partir de ações de formação de jovens, realização de atividades lúdicas com crianças e adolescentes no contraturno escolar e de formação de professoras(es) de escolas públicas.
Abrangência
Município de Paraty (RJ)
Público
Docentes, secretárias(as) e gestoras(es) municipais; educadoras(es) sociais; agentes comunitárias(os); coordenadoras(es) de organizações da sociedade civil (OSCs).
Sobre o projeto
O Projeto Expedição Paraty teve como objetivo principal formular um conjunto de ações para o aumento dos níveis de aprendizagem de crianças e adolescentes de seis comunidades de populações tradicionais – caiçaras, quilombolas e indígenas – que vivem isoladas do centro urbano do município de Paraty (RJ). Essas comunidades se caracterizam pela valorização da oralidade, a afirmação de pautas e valores próprios da cultura caiçara, o reconhecimento pelos conhecimentos produzidos na vivência prática da observação/contemplação, o histórico de luta pela posse da terra, somados à enorme procura de Paraty como local de turismo ecológico e cultural, e à convicção de que a natureza é o seu grande legado.
Inicialmente foi realizado um levantamento que possibilitou o reconhecimento das demandas, das potencialidades e das forças locais, permitindo a escolha do foco do projeto no desenvolvimento local a partir de ações de educação na comunidade e na escola.
As ações programadas foram: formação e acompanhamento de jovens para planejamento e desenvolvimento de atividades lúdicas com crianças e adolescentes de suas comunidades; formação de professores(as) das escolas públicas municipais; realização de atividades lúdicas com crianças e adolescentes, planejadas e desenvolvidas pelos jovens.
As expedições se inspiraram em duas das mais fortes características associadas à juventude: o espírito exploratório (“Ver como é”) e a motivação para empreender descobertas (“Ver como se faz”). Tiveram como objeto central visitas às iniciativas em diversos campos culturais, bem como a observação e a manipulação de materiais e procedimentos variados acerca dos temas trabalhados.
A formação de jovens compreendeu encontros formativos, expedições, experimentações e registros por meio da participação em roteiros culturais (trilhas ambientais, visitas a patrimônios, espetáculos artísticos), pesquisas no campo da economia da cultura (visitas a iniciativas e estudo de materiais sistematizados sobre o tema) e construção de mapas que expressam os diversos campos da cultura a partir das práticas, saberes, potencialidades e forças das comunidades. Os registros foram feitos por meio de fotos, desenhos, diários de bordo e narrativas das aprendizagens. Os encontros formativos foram momentos de compartilhar saberes, vivências, reflexão sobre as práticas e de planejamento de ações.