Conforme anunciado pelo governador João Dória (PSDB) na segunda-feira (06/05), as escolas da rede estadual paulista terão aulas de 45 minutos e não mais 50 minutos, como hoje. Válida a partir de 2020, a redução vale para alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Além da redução do tempo de aula e para conciliar o aumento de seis para sete matérias, os alunos sairão 15 minutos mais tarde da escola. A mudança acomoda um novo projeto pedagógico com inclusão de disciplinas para desenvolver competências socioemocionais, o chamado Projeto de Vida, além de duas aulas do componente eletivas e de uma de tecnologia.
Para Viviane Senna, presidente do Instituto Ayrton Senna, parceiro em 600 escolas do estado com Projeto de Vida, a proposta é positiva. Segundo Dória, a mudança visa à melhora da posição de São Paulo na avaliação da rede estadual do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Desde 2013, o estado não alcança as metas estipuladas.
Materiais e formação
Sem previsão de contratações, as novas disciplinas serão administradas pelos professores que já estão na rede. Será oferecido, segundo o governador, formação – não remunerada – para lecionar e aumentar o aproveitamento do tempo em sala de aula.
Em entrevista a reportagem do jornal O Estado de São Paulo, Mônica Gardelli Franco, diretora-executiva do CENPEC Educação, afirmou que acredita que, se a Secretaria de Educação e as escolas auxiliarem o professor na sala de aula, a redução não comprometerá o trabalho pedagógico. “Boa parte da aula é consumida com atividades burocráticas, como a chamada dos alunos”, comenta.
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