Aprendizagem no Ensino Médio segue estagnada

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Aprendizagem no Ensino Médio segue estagnada

Levantamento realizado pelo Todos pela Educação mostra níveis críticos em português e ressalta desigualdades sociais

Levantamento da Meta 3 do Plano Nacional de Educação (PNE), publicado na última quinta-feira (21/03) pelo Todos pela Educação, mostra que o cenário geral de qualidade da educação básica permanece crítico no Brasil.

A análise, realizada com base no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mostrou avanços mais consistentes no Ensino Fundamental, em especial no 5º ano. No 9° ano, a aprendizagem segue evoluindo, mas em ritmo mais lento e em patamares mais baixos.

Ensino Médio e desigualdades sociais

No entanto, o cenário é bem mais preocupante no 3º ano do Ensino Médio: apesar de um pequeno avanço entre 2015 e 2017, o nível de aprendizagem segue em patamares muito baixos e, via de regra, estagnados na última década.

Os piores dados vêm da matemática: o percentual de alunos com aprendizagem adequada caiu de 9,8% para 9,1% nessa etapa da Educação Básica. Além disso, diferentemente do que ocorre no Fundamental, não há estados que se tenham destacado por sua evolução.

“Ainda estamos distantes de garantir que todos os alunos aprendam o esperado no 5º ano, mas os avanços nos mostram que é possível virar esse jogo. Temos que olhar para as redes que estão conseguindo puxar essa melhora, para as políticas públicas que têm dado certo. E temos que garantir que esse resultado impulsione a aprendizagem nos anos seguintes do Fundamental e no Médio”, afirma Priscila Cruz, presidente-executiva do Todos Pela Educação.

O levantamento também considerou variáveis como raça/cor, gênero, localidade e nível socioeconômico (NSE). Os efeitos das desigualdades na aprendizagem se tornam evidentes nesses recortes, em especial o NSE. No Ensino Médio, por exemplo, escolas que atendem alunos mais ricos (NSE maiores) têm taxas cinco vezes maiores que as unidades frequentadas pelos mais pobres, e, em matemática, a porcentagem de aprendizagem é 21 vezes maior para os mais ricos.

Leia a notícia no site do Todos pela Educação

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