Documentário Coletivo Resistir e Existir (CRE): uma experiência de educação para a diversidade

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Documentário Coletivo Resistir e Existir (CRE): uma experiência de educação para a diversidade

Vídeo produzido pelo Cenpec apresenta a experiência de educação antirracista de estudantes do ensino médio da EE Alberto Torres, em São Paulo (SP); assista

Por Stephanie Kim Abe

Por vivenciarem na pele ou presenciarem situações de racismo no seu cotidiano – inclusive escolar –, um grupo de estudantes de ensino médio resolveu criar um coletivo do assunto. 

Surgia, assim, o Coletivo Resistir e Existir (CRE) na Escola Estadual Alberto Torres, localizada na zona oeste em São Paulo (SP). A iniciativa foi acolhida pela coordenação pedagógica e se tornou uma disciplina eletiva, a partir do segundo semestre de 2022, coordenada pela professora Rosimeire Aparecida de Sousa. 

Se esses alunos, a sua vida estava sendo interrompida em alguns momentos por questões racistas, então por que não trazer pra dentro da escola, nesse projeto, essa abertura de discussão?

Professora Rosimeire Aparecida de Sousa

Contação da história Pretinha adormecida

Toda essa experiência de educação antirracista – de como surgiu até como as(os) estudantes foram descobrindo suas veias artísticas para expressar suas emoções, indignações e opiniões – é apresentada no documentário Coletivo Resistir e Existir (CRE): uma experiência de educação para a diversidade.

🎙E quem conta são quatro estudantes envolvidas no processo e a professora Rosimeire. 

“Me senti orgulhosa por ver outras pessoas crescendo, se descobrindo, descobrindo coisas que nem elas mesmo sabiam sobre elas. Crescendo como artista, poeta, música, dança…”

Estudante Mariana Rosa Bonfim

“Eu acho que tem a ver com o lutar com o coletivo, é fazer parte, e lutar por causas que não são só minhas.”

Estudante Pietra Victoria Fortes de Moraes

“Faz total diferença ter professores negros que abordem esse assunto.”

Estudante Pietra Jhúlia Fortes de Moraes

“Se a gente não falar sobre esses temas não vai construir um futuro melhor, porque o futuro são os jovens.”

Estudante Alice Conde Araújo de Oliveira

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O doc é uma produção audiovisual do Cenpec, que acompanhou os debates e apoiou as ações em colaboração com a professora coordenadora da disciplina por meio da Comunidade Cenpec. Assista!

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Tamara Castro, coordenadora da Comunidade Cenpec em 2022, explica:

Foto: acervo pessoal

Salta aos olhos no CRE, por um lado, o protagonismo das(os) estudantes ao se organizarem em coletivo para buscar caminhos e respostas a suas questões e dores relacionadas a aspectos de raça/etnia, gênero e sexualidade, vivenciadas dentro e fora da escola. Por outro lado, esse protagonismo encontrou a abertura da professora Rosi para acolher as experiências pessoais e, com base nelas, construir conhecimentos que aprofundem o debate e empoderem as(os) estudantes a, como já diz o nome do coletivo, resistir e existir na diversidade. Isso fica evidente quando a gente vê a desenvoltura com que essas meninas e esses meninos expressam suas ideias e vivências, de forma criativa, artística, na linguagem em que se sentem bem. É a valorização das vozes, dos saberes, das potências, dos talentos e desejos de cada integrante que faz do CRE uma inspiração para a educação antirracista, a educação integral e inclusiva, que vale a pena conhecer e divulgar.” 

Em novembro de 2022, o Cenpec promoveu a live Educação antirracista: como trabalhar a temática nas escolas? que contou com a participação de integrantes do CRE para falar sobre a iniciativa. 


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