Pesquisador no Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), André Fonseca publicou um artigo chamando a sociedade a refletir sobre o papel dos digital influencers da internet e dos educadores nos tempos atuais.
O professor enfatiza que não são os professores que estão “doutrinando” os alunos, mas “os gurus e charlatões de redes sociais”. Fonseca lamenta: “professores mal são ouvidos (…). Educadores enfrentam dificuldades diárias para despertar a atenção dos alunos, até mesmo para os conteúdos cobrados nas avaliações”.
Conforme relatório 2018 Global Digital, jovens passam nove horas por dia na internet. Chamando a responsabilidade para os pais, Fonseca diz que, além desse período não ser supervisionado por um adulto, os alunos passam o dia consumindo e reproduzindo “barbaridades de ignorantes histéricos” nas redes.
Fonseca reflete que os profissionais da educação, do conhecimento, da informação e da ciência são “os antídotos” ao “gurus da internet”: “Notamos a dimensão do problema quando observamos jovens ‘refutando’ conceitos científicos com memes de humoristas.”
“Observem o conteúdo que seus filhos consomem na internet para verificar de onde brotam as distorções que podem fazer deles pessoas piores. Dia a dia. Compulsivamente. Trabalhando de graça para ‘refutar’ com slogans qualquer informação que prejudique os lucros do guru”, afirma o pesquisador.
Confira o artigo na íntegra